Palestra a alunos do Sesi marca retorno da Câmara Mirim de Álvares Machado

por Rogerio Mattive publicado 05/05/2024 10h52, última modificação 05/05/2024 10h52
Escola será a primeira na escolha de vereadores mirins; sessão ocorre em junho

Ação educativa que simula a atividade legislativa, desde a elaboração de projetos até a votação em plenário, a Câmara Mirim de Álvares Machado iniciou suas atividades, neste ano, com a realização de uma palestra a estudantes da Escola Sesi. Desenvolvido pela Câmara Municipal, o projeto tem como objetivo conscientizar crianças e adolescentes sobre a importância da política no cotidiano da população.

Na última sexta-feira (3), a presidente do Legislativo, a vereadora Estela do Escritório (PP), e o diretor legislativo da Casa de Leis, Paulo Villalva, abordaram o papel do cidadão na Câmara Municipal durante bate-papo com dezenas de alunos da unidade. Também houve orientação sobre o processo de escolha dos candidatos mirins, modelos de apresentação de propostas e votação de projetos.

"É empolgante vermos os jovens interessados em saber como é o trabalho na Câmara. Principalmente, quando mostram o desejo de apresentar soluções para problemas que enfrentam em seus bairros. É importante mostrar aos alunos qual o papel de um vereador", diz a presidente do Legislativo Machadense.

A Escola Sesi será a primeira, dentre as nove unidades de ensino participantes do projeto, a realizar as eleições para a escolha dos nove vereadores mirins, além dos integrantes da Mesa Diretora. A sessão no plenário da Câmara Municipal está agendada para o dia 7 de junho.

"Tive uma impressão muito positiva. Não só dos alunos, como também dos docentes; todos levando muito a sério o projeto que vem de encontro dos objetivos da escola, que é o conceito de civilidade, participação na vida política. Foi um dia muito produtivo, onde os alunos demonstraram muito interesse. Acredito que a sessão da Câmara Mirim com alunos do Sesi será novamente um sucesso", destaca Paulo Villalva.



Vontade de servir

A aluna Analice de Souza Ramos, 17 anos, cita o desejo de auxiliar os amigos na elaboração de projetos em prol da comunidade. "No meu ponto de vista, participar desse projeto é algo que vai agregar muito em relação ao meu futuro. Posso ajudar os demais alunos com propostas, que servirão para todos. É algo bem legal", comenta.

"Acredito que é importante para a nossa cidade, nossa escola e as demais também. Tem muitas ideias que podem parecer revolucionárias, que podem agregar algo para nós e a população em geral no futuro", cita o estudante José Otávio Carvalho Brandão, 17 anos.



Para Alex Sandro Teixeira Pecinato, professor de Geografia, a Câmara Mirim abre a possibilidade de fomentar debates em sala de aula sobre a inserção da população na política. "A gente tem um projeto na escola que é o Plano de Ação Escolar. Nele, uma das metas é tentar trabalhar a desmistificação do que é política partidária e política do cotidiano. A Câmara Mirim ajuda, por exemplo, as crianças a participarem mais da vida eleitoral, como incentivando a emissão de título de eleitor. É a chance de eles participarem das mudanças que eles querem tanto para o município", expõe.

"Pelo que vi na última vez que participei, é muito legal essa convivência com os alunos mais novos, entre o ensino fundamental e médio. Ajuda na parte da comunicação e apresentação em público. O projeto dá voz à população e, principalmente, aos alunos que não têm essa oportunidade de opinar muitas vezes", fala o estudante Miguel Cristófano Ederli, 17 anos.

Segundo a auxiliar docente da unidade, Aline Olivo Venâncio, a vivência experimentada pelos alunos faz toda a diferença no processo de conscientização sobre o uso da política como ferramenta de desenvolvimento urbano e propulsora de melhorias na qualidade de vida das pessoas.

"Aqui, o projeto tem várias etapas. Iniciamos com a visita dos integrantes do Legislativo e o engajamento dos estudantes no processo eleitoral. Mostramos para eles como é o funcionamento do Legislativo, o trabalho de mesários, uso da urna eletrônica. É uma conscientização por meio da prática que faz toda a diferença. Eles terão a oportunidade de formular propostas, que serão encaminhadas ao Executivo e poderão ser executadas. A vivência é o que vai marcar os alunos e fazer toda a diferença", finaliza.